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domingo, 16 de dezembro de 2012

A raiz do desentendimento: amor

Estar num relacionamento é complicado. Experiência própria.

É uma coisa louca que você não consegue entender, mesmo que se esforce para isso. Inclusive faz coisas que normalmente não faria. Ou achava que não faria.

Estar num relacionamento faz com que você se surpreenda com você todos os dias, em quesitos como paciência, entendimento, amor, carinho, respeito, raiva, enfim...você consegue transcorrer TODOS os sentimentos do mundo quando começa a dividir sua vida com  alguém.

Se controlar? É algo praticamente impossível. Você simplesmente vive o que tem de viver, faz o que tem de fazer. Mas há tolerância. Muita. Senão não haveriam casais comemorando bodas de ouro (50 anos) ou até bodas de vinho (70 anos).

Por isso digo que é algo complicado.

Eu vejo muitos casais metidos a perfeitos. Que dizem que não brigam ou se desentendem ou tem um momento de estranheza. Por mais alma gêmea que seja, são PESSOAS com pensamentos e costumes diferentes. É algo inevitável.

E o que fazer?

Sinceramente, não sei.

Só sei que meus avós, por exemplo, tem 50 anos de casados. Cinquenta...é mais que uma vida. É meio século aguentando e relevando atitudes, comentários e manias. Se é fácil? Deixei minha avó responder: "Não é, filhinha. Para ser sincera todo dia é uma batalha". Pronto.

Esse casal que comemora suas bodas de ouro é o casal que eu mais vi brigar em toda a minha vida. Eles estão longe da perfeição. Longe da perfeição que todos esperam. Eles têm seus altos e baixos. E viveram assim. Não se desgrudam em momento algum. É até esquisito. Se amam e se odeiam com a mesma intensidade, por serem tão iguais, mas tão diferentes. Nunca vi eles se abandonarem, até nas piores circunstâncias.

Não desejo um relacionamento de contos de fadas. Eu quero um relacionamento que eu possa brigar, espernear, ficar louca, de TPM e amar, loucamente, deitada no peito dele num domingo qualquer, como a minha avó. E comemorar as minhas próprias Bodas de Ouro...