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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Mais vale um cocô no chão do que um voando

Estávamos no quarto ensaiando para o show do dia seguinte. Anthony estava andando para lá e para cá, com todas as suas brincadeiras de bebê.

Saiu do quarto e avisei que ele estava indo para a sala. Ele ficou em silêncio por um tempo, mas como tinha bastante gente em casa, ficamos tranquilos, afinal, ele poderia estar assistindo desenho com os avós.

Eis que ele surge, com as mãos baixas, um olharzinho diferenciado e quieto. Achei esquisito.

Ele encostou na cama, ainda com as mãozinhas baixas e me lançou aquele sorriso de 8 dentes. Derreti. E, com um bote, ele tacou algo em mim. Ignorei e peguei ele, que estava com as mãozinhas para o ar.

- Ele tacou algo em você - disse o Marcelo.
- Eu vi. Peraí - retruquei.

Quando levantei as pernas, UMA BOLINHA DE COCÔ! O filho da mãe pegou a bolinha de cocô do Apollinho, que está caquético e se borrando todo, e tacou em mim!

O olhar do Marcelo, de escárnio, foi fatal. Dei um pulo, me debatendo com o nenê no colo, chocada, e ele ainda com as mãos para cima como quem dissesse: "Fiz merda", ou melhor "peguei na merda".

Levantei. Resgataram a bolinha de cocô enquanto todos riam da minha cara. Ainda chocada e sem acreditar, sai correndo, para o banheiro para lavar o meu capetinha e arrancar o meu pijama que estava limpinho.

Enquanto lavava as mãozinhas ele sorriu. Não aguentei e comecei a rir disparadamente. Tadinho, se um dia disser que tem nojo, vou relembrá-lo disso: você usou cocô de cachorro como bomba. Seja menos.

Agora eu posso dizer que já tacaram merda em mim. E não no sentido figurado. Prefiro pensar que é um privilégio fazer parte dessa casta. Obrigada, Anthony.

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terça-feira, 22 de novembro de 2016

12 princesas Disney que tem fins terríveis nas obras originais

Cinderela: puro sangue e mutilação

Na versão da Disney:
Uma princesa que foi maltratada por sua madrasta vai a um baile e encontra o príncipe, mas tem que escapar antes da meia-noite e perde o sapatinho no caminho. Em seguida, o príncipe leva o tal sapatinho a todas as jovens senhoras do reino para ver se ele se encaixa no pé e encontra a amada. Ele encontra a Cinderela, a quem o sapatinho se encaixa perfeitamente, e eles vivem felizes para sempre.

Na história original:
Na versão de Charles Perrault, quando o príncipe chega à casa de Cinderela, a madrasta manda suas duas filhas cortar os dedos dos pés e calçar o sapatinho nas filhas. Seu plano não funciona, e Cinderela leva o príncipe e um final feliz pra casa. Para adicionar mais desgraça à história toda, durante o casamento, alguns pombos devoram os olhos de suas irmãs já mutiladas.

Bela Adormecida não deveria ser uma história para crianças

Na versão da Disney:
Uma princesa pica o dedo no fuso de uma roda de um tear e sucumbe ao sono eterno. Um príncipe valente a resgata com um beijo, e ambos vivem felizes para sempre.

Na história original:
Na versão de Giambattista Basile, Aurora não é acordada com um doce beijo, mas com o nascimento de seus gêmeos. Ah, eu esqueci de mencionar que o príncipe não a beija aqui - ela fica grávida e depois a abandona, porque ele é casado! Quando Aurora e seus filhos chegam ao palácio, a esposa do príncipe tenta matá-los, mas o rei a pára e permite que Aurora se case com o homem que a estuprou.

Bella tem irmãs invejosas
Na versão da Disney:
Bella é sequestrada por uma besta (daí o nome de Bela e a Fera) e vive em um luxuoso castelo com utensílios falantes, até que ela descobre a beleza interior do monstro. Apaixonada, ela o beija e o salva do feitiço que o fazia feio, porque a beleza física importa no final.

Na história original:
Na história original de Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve, Bella convence a Fera a deixá-la visitar suas irmãs por uma semana. Ao vê-la coberta de jóias e ouvir sobre a vida luxuosa que ela levava, as irmãs convencem Bella a ficar mais tempo, com a intenção de que seu atraso deixe a Fera louca e devore Bella.

Branca de neve deveria ter sido dirigido por Tarantino
Na versão da Disney:
O único crime de Branca de Neve foi que ela era a mais bela de todas as mulheres no reino, e por isso ela tem que escapar para o bosque, onde ela acaba vivendo com sete anões. É lá que uma bruxa má a envenena, os anões tentam vingá-la, e a bruxa é levada para a sua morte. Enquanto ela ainda está dormindo, um príncipe sai do nada e revive Branca de Neve, e é claro que eles vivem felizes para sempre.

Na história original:
Na história original dos irmãos Grimm, a bruxa não morre debaixo da rocha. Seu castigo por tentar matar Branca de Neve é dançar com sapatos de ferro aquecidos até que ela desmaie e morra.

A pequena é uma tragédia de cortar o coração
Na versão da Disney:
Ariel, a filha do rei do mar, troca sua voz por um par de pernas e vai para a superfície para usar garfos como pentes e procurar o amor. Ela se apaixona pelo príncipe Eric e juntos eles matam a bruxa má com quem ela fez o acordo e vivem felizes para sempre.

Na história original:
Na versão de Hans Christian Andersen, a letra pequena no acordo é que as pernas de Ariel vão doer o tempo todo, como se ela estivesse andando em facas. Como dor e sedução não se misturam, no final o príncipe casa com outra mulher e Ariel se joga no oceano, onde ela se transforma em espuma do mar.

Na vida real, Mulan perde a guerra
Na versão da Disney:
Mulan é uma menina - que tem um grilo e um dragão como amigos - que finge ser um homem para lutar no exército chinês contra os hunos. Depois de mostrar seu valor, Mulan ganha a guerra e volta para casa para brincar com seus amigos.

Na história original:
No poema de Hua Mulan, a China perde a guerra. O Khan do inimigo permite Mulan viver com a condição de que ela vivesse com ele, então Mulan escapa. Quando ela chega em casa, ela descobre que seu pai está morto e sua mãe se casou novamente. Então ela diz: "Eu sou uma mulher, eu sobrevivi à guerra, e eu tenho feito o suficiente. Agora eu quero estar com meu pai". E, então, ela se mata.

Na verdade, Rapunzel se casou com um príncipe cego
Na versão da Disney:
Rapunzel é uma bela princesa com longos cabelos loiros que vive presa em uma torre. Um dia ela encontra um bandido, e juntos eles têm muitas aventuras que não são apresentadas na história original.

Na história original:
Esta é talvez a história mais feliz dos irmãos Grimm na lista. Os pais de Rapunzel eram agricultores que a conseguiram depois de trocar um pouco de flor de rapunzel (rampion) por uma salada com uma bruxa quando ela era um bebê.

Quando tinha 12 anos, a bruxa a trancou em uma torre que não tinha portas nem escadas e apenas uma janela. A única maneira de chegar a Rapunzel no topo era subir seus lindos cabelos longos. Um dia, um príncipe que anda pela torre ouve-a cantar, assim que sobe a torre. Nessa mesma noite, Rapunzel decide casar com ele.

Quando o príncipe volta para ela, ele sobe seu cabelo dourado, mas encontra a bruxa na torre. Ela o joga para fora da janela, e o príncipe cai em alguns espinhos que entram nos seus olhos. Ele então passa meses vagando pelas pradarias e bosques do reino, cego, até ouvir a voz de Rapunzel de longe.

Quando a encontra, ela tem dois filhos, e suas lágrimas mágicas lhe devolvem a visão. Rapunzel e o príncipe se casam e vivem felizes para sempre.

Pocahontas mal interagiu com John Smith
Na versão da Disney:
Pocahontas é uma mulher que fala com as árvores e seu melhor amigo é um guaxinim. Um dia ela se apaixona por um inglês e quase inicia uma guerra entre os dois povos.

Na história original:
Na vida real, Matoaka, mais conhecido como Pocahontas, era a filha do chefe Powhatan, no território agora conhecido como Virginia. Os nativos sequestraram John Smith para trocá-lo por reféns, e ela salvou sua vida. Esse era o único relacionamento que tinham.

Ela foi finalmente sequestrada e mantida para resgate por colonos. Aos 17 anos, casou-se com um inglês e morreu aos 22 anos de causa desconhecida.

Hércules era um selvagem, assassino, estuprador e genocida que foi envenenado por sua própria mãe
Na versão da Disney:
Hércules é o jovem filho de Zeus e salva Megara das garras do Hades para se tornar um verdadeiro herói e chegar ao Monte Olimpo.

Na história original:
Hércules era um selvagem e um único post não é o suficiente para explicar a extensão de seus crimes, mas vamos falar sobre Megara. Megara era filha do rei de Tebas, e Hércules se casou com ela quase a força.

Eles tiveram dois filhos e viveram felizes para sempre, até que Hera, a esposa de Zeus, deixou Hércules louco e matou Megara e seus filhos. Atormentado pela culpa, Hercules ainda completou as mesmas 12 tarefas do filme, mas com extrema violência e desprezo pela vida.

O corcunda de Notre Dame morreu de fome em um cemitério
Na versão da Disney:
Quasimodo é um jovem nascido com deficiência que se apaixona por uma cigana e evita que ela seja executada pela igreja.


Na história original:
No romance de Victor Hugo, Quasimodo não consegue salvar Esmeralda (na verdade, ele involuntariamente entrega-a às autoridades) e observa enquanto ela é enforcada. Em seguida, Quasimodo vai para o túmulo dela, onde permanece até morrer de fome. Anos mais tarde, quando seu túmulo é aberto, alguém encontra ambos os seus esqueletos, mas quando eles tentam separá-los, eles se transformam em poeira.

Pinóquio nunca se tornou um menino de verdade

Na versão da Disney:
Pinóquio é filho de um velho carpinteiro que sempre quis ter um filho, então ele fez um de madeira. Em seu caminho para a escola, Pinóquio põe a vida de seu pai em perigo, e no final ele se torna um menino de verdade.

Na história original:
Na história original de Carlo Collodi, Pinóquio é um idiota. Desde o nascimento, ele se comporta mal, rouba as coisas e até mesmo seu pai o chama de "menino miserável". Um dia, como consequência de suas ações, um gato e uma raposa o penduram em um salgueiro e o vê morrer enquanto ele balança no vento.

Mogli cometeu genocídio 
Na versão da Disney:
Mogli é um menino que foi abandonado por seus pais na selva, onde um urso e uma pantera o ensinam a cantar canções e alimentar a si mesmo.

Na história original:
No livro de Rudyard Kipling, depois de matar o tigre assassino Shere Khan, Mogli descobre que seus pais biológicos foram capturados por uma aldeia de agricultores. Com a ajuda dos lobos e dos elefantes, Mogli destrói a aldeia e mata seus habitantes. Mais tarde, ele tem que escapar porque os habitantes acreditam que ele é um espírito maligno. Finalmente, Mogli encontra a paz em uma vila governada pelos ingleses.

ADEUS, INFÂNCIA!
*Originalmente publicado pelo Buzzfeed (EUA)

A velha Bijú

A velha Bijú chorando de rir

Você se lembra daquela moça bonita da praia de Boa Viagem?

Ela era a bela da tarde, com seus lindos olhos azuis como a tarde de um domingo, segundo o próprio Alceu Valença.

Pois é.

- La velha Bijú*! - cantou meu pai, enquanto eu me debulhava em lágrimas de tanto rir no banco de trás do carro enquanto voltávamos para casa.

Essa música (ouça aqui) nunca mais será a mesma para mim.

*Ele descobriu que não era a velha Bijú há apenas dois anos, quando foi cantar e decidiu procurar pela letra na internet. 

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Debates morais: ainda há moralidade a discutir?


Zapeando pelo Facebook, vi uma postagem a respeito do programa da Fátima Bernardes, que promoveu o seguinte debate: quem você salvaria, um conhecido com pouco risco ou um desconhecido com risco de vida iminente?

Algumas amigas costumam brincar que eu tenho um lado "militar"; no entanto, eu gosto de pensar que tenho o lado da justiça e da defesa do ser humano comum, aquele (a) que trabalha arduamente para conquistar seu pão dia a dia, que um bandido, traficante, assassino ou estuprador, cuja luta se resume a tirar coisas das pessoas "de bem" e só olha para seu próprio umbigo.

Gosto da ideia de ter direitos humanos, desde que ele sejam aplicados a quem realmente os merece, o que sabemos que não acontece na vida real. Não defendo a violência de forma indiscriminada; longe disso. 

Enfim. Voltando ao programa Encontro com Fátima Bernardes, o tema foi levantado de uma forma que envolve uma certa deturpação moral: quem deveria ter prioridade em um hospital, um “traficante em estado grave” ou um “policial levemente ferido”?. Os convidados, obviamente, numa forma esquisita de serem aceitos pela sociedade atual (falo pelos pseudo super politicamente corretos), se posicionaram a frente do traficante.

Gente, para mim, o debate não precisa ir longe: leio e ouço os pseudo jesus a todo momento dizendo que polícia tem que morrer, que os policiais são isso ou aquilo. Sim, concordo que existem policiais que aderem ao sistema de "amizade com benefícios" (no pior sentido do termo) com esses carrapatos da nossa sociedade. Mas existem os bons também e que nos ajudam nos piores momentos.

É válido lembrar de que o policial deixa sua casa sem saber se voltará para a sua família, para proteger aqueles que nunca viu em toda a sua vida! Enquanto isto, o traficante/assaltante destrói os planos e toda uma família, sem qualquer respeito ou consideração pelos tais direitos humanos. Decidir entre o policial e o traficante, como no caso colocado pelo programa é decidir entre a ordem e caos.

Claramente é um debate sobre questões sociais, de oportunidades, culturais, econômicas, enfim, de caráter profundo. Mas quero lembrar que a sociedade que vivemos hoje é fruto de suas escolhas. 

Portanto, a reflexão é simples: se imagine numa situação de perigo. Para quem você liga primeiro? 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Amigos: ter ou não ter?

Nunca criei raízes em lugar nenhum. Por não ter possuído residência fixa por muitos anos, minha família sempre se mudou com certa frequência e isso, de uma forma direta, acabou afetando a minha visão de mundo e, especialmente, minha capacidade de estar vinculada às pessoas que passam pela minha vida (vulgo amigos).

Esse fato me incomodou até certo momento da minha vida, quando eu realmente me dei conta que eu tenho amigos, pouquíssimos, mas não os vejo mais - ou por uma questão de distância ou por uma questão de mudança de interesses mesmo.

É triste? É, pra caralho.

Me dei conta disso enquanto discutia fervorosamente com meu marido e ele me lembrou que eu não tinha amigos. Que eu saía apenas com a minha família e uma série de outras coisas que não valem a pena falar aqui.

Sim, eu admiro que ele tenha tido a oportunidade de criar laços com pessoas que ele considera quase irmãos. Porque eu não tive isso.

Eu gosto de muitas pessoas e a amizade fica sempre via Facebook (tenho 958 amigos cadastrados - irônico). E aí fica o debate: como a tecnologia tem agido de forma definitiva na nossa forma de conviver/viver com as pessoas. Como isso pode ter influenciado nesse meu "impasse".

Depois que casei, notei que eu tinha muitos "amigos de rolê". Provavelmente uns 900 desses 958 no meu Facetruque. E isso bate na minha cara. Mas as pessoas estão lá: não fazem parte da minha vida, não vão à minha casa, nunca viram meu filho, apenas curtem e participam da minha vida virtual. 

A verdade é: eu estou feliz com minhas escolhas e com a forma que a vida mostra alguns caminhos. Nunca estive tão próxima à minha família. Eles são meus amigos. Estão sempre por mim. Eu falo sobre tudo com eles, passeamos, viajamos, rimos, choramos, brigamos...Porque eu poderia desejar outra coisa? Ficar presa ao fato de que tenho poucos "amigos" que não sejam de sangue?

A maior verdade ainda é que a gente precisa olhar para quem está ao nosso lado; não apenas para a tela do Facebook. Passar a ver quem é e quem não é, deveria ser parte de um ritual evolutivo emocional e psicológico.

Ótimo se você faz parte do perfil do meu marido; mas é ótimo também se você tem o meu perfil.Os dois são ok. Os dois fazem a gente feliz, cada um do seu modo. O importante é ser feliz, amar e ser amado.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Toque de beijo

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Me lembro do meu toque suave nas suas costas. A gente fica confuso na procura, precisa ver teu olhar.

Quando se virou, bagunçando nosso lençol e toda a ordem que havia nele até então, eu vi, percebi: o mais gostoso de nós, somos nós. Nosso amor cabe nos nossos dedos, sem se esvair. Cabe nos nossos fios de cabelo, no afagar, e na respiração compassada.

Mesmo sem querer, mesmo insegura, deixo minha pele pra você.

A gente fica sorrindo no ouvido do outro. Falando coisas quase inteligivelmente ardidas para os pensamentos mais apropriados sobre o que mal cabe em mim.

Corpo dando nó de nós dois. Mordidas dos lábios já vermelhos pela intensidade. Meu nariz na sua barba cheirosa... O que é encontro?

Como a gente encaixa gostoso!
Nossa... O que você estava fazendo longe da minha vida?

Nosso cheiro no edredom que agora é nosso, não só seu.
Viro e sinto seu toque pesado nas minhas costas... E, de novo, preciso ver teu olhar...

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Fogos de artifício

O relacionamento não é algo pelo qual eu morreria
Mas pelos nossos fogos de artifício, eu fico aqui.

Tudo o que eu vejo são fogos de artifício
Todas as noites, fogos
Todas as noites, fogo

Meu pescoço por você!
Adversidades
Altos e baixos
Fumaça no ar, que só vemos o dissipar, nunca chegar

Você conhece meus desejos
Meus sonhos
Nosso amor é o melhor
Eu penso e você fala
Você pensa e eu te conto o que é

Você conhece todos meus erros
Se me deixar aqui
Eu vou cuidar de você

Já perdi amores que nem amores eram amores
Você está em outro patamar
Não posso negar que nós dois sabemos o que é isso,
Amor.

Tudo o que eu vejo são fogos de artifício
Todas as noites, fogos
Todas as noites, fogo

Para sempre.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Aguente firme


Rapazinho é melhor crescer
Você só sente minha falta quando não estou
Descanse em paz, amor
Na sua solidão
Seu céu é um amor sem traição

Não vou me desculpar
Por ter te humilhado
Você tentou me diminuir
E não vou acatar

Nem penso mais em você
Eu e minhas amigas vamos sair
Olhar os outros rapazes
Você já era

Passa
Passa
Próximo

Estou me sentindo mais leve
Não vou me desculpar
Agora você quer se desculpar
Por ter me feito chorar

Me arrependo de ter sorrido pra você aquele dia
Deixei meu orgulho por você
Nem estou transando com ninguém
Eu vou ficar bem
Não preciso de ninguém

Vou viver a vida sem você
Eu e as meninas vamos ver o mundo
Não estarei mais aqui
Não chorarei mais

Cresça, rapazinho.
Passa
Passa
Próximo!

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Dia de fúria

Pessoalmente, nunca sofri algum tipo de preconceito. O mais grave que sofri foi ser xingada de "quatro olhos" quando comecei a usar meus óculos para corrigir minha miopia.

Com algum tempo de convivência com uma amiga - que, para mim, de gorda não tem nada - eu comecei a sentir por tabela o que ela sofre porque, de acordo com a sociedade ela é - para os mais antenados - plus size, ou mais comumente, gorda.

Hoje passamos por uma situação extrema de estresse em um restaurante vegano em São Paulo. No horário de almoço optamos, ao invés de ir tomar o nosso habitual shake, por comer algo salgado.

Ainda não sei se foi uma boa escolha, dado o que aconteceu assim que chegamos ao lugar. No entanto, pensando por outro lado, gente ignorante tem de sobra em QUALQUER lugar. Então, dane-se.

Estávamos conversando e nos servindo, como de costume e como todos fazem quando vão a um restaurante. O problema é que estávamos conversando no self service (claro que isso não é um exemplo de higiene, mas gente, por favor, quem nunca fez isso que atire a primeira pedra). Isso incomodou um homem de aparentemente meia idade e uma senhora, na mesma média. 

Eu não ouvi, mas minha amiga, com o bom ouvido que tem e o poder de prestar atenção em tudo à sua volta, ouviu, para o azar dos dois.

Segundo minha amiga, eles reclamaram ser falta de educação falar em cima da comida. Mas, como eu disse acima, vocês estão em um self service em São Paulo. Vocês acham MESMO que só a gente tenha falado em cima disso? Quantas pessoas mexem no cabelo, se coçam passam a mão no nariz...são incontáveis as coisas horríveis, mas é isso. Lide com o fato!

Os dois continuaram, como se nada tivessem falado.

Pouco mais a frente, eles insistiram e repetiram, sendo grosseiros. Ficamos pasmas. Ela foi sentar enquanto eu terminava, já nervosa, de pegar o feijão preto com a bendita carne de soja. Quando eu estava chegando na mesa, ouvi a senhora dizer: "vai emagrecer, sua gorda"!

Não contentes, reclamaram das nossas conversas, dizendo que a minha amiga estava falando alto. Ai o bicho comeu solto. Foi horrível entrar na dança daquelas duas pessoas. Ainda acho que eu não falamos o suficiente. Mas eles a escolheram para ser a vítima das ofensas infinitas.

Não deixamos barato, obviamente. Entramos na dança deles, não fomos ensinadas a levar desaforo para casa.

A grande questão aqui é: por quê? Por quê falar algo - de forma gratuita - que sabe que vai magoar e ofender a outra pessoa de uma pessoa mais profunda? Minha amiga sabe lidar com isso, mas eu não gostei da forma que usaram a palavra, ofensivamente, agressivamente. Da forma como se dirigiram a ela. Muitas pessoas brincam com isso, fazem piadas, mas eu percebi que é um problema sistêmico, por falta de educação e empatia com o próximo. 

E tudo isso porque eles estavam em um self service onde passam dezenas de pessoas por dia que falam em cima da porra da comida. Não gosta, não vá! Se tivessem tido essa postura, eu e minha amiga não teríamos passado nervoso em um momento que costumamos nos divertir. Nem tido que lidar com esse tipo baixo e preconceituoso. 




quarta-feira, 3 de agosto de 2016

O trabalho e as chupações de buceta - ou pau, tanto faz


Eis que aos 30 anos você se depara com um cenário profissional relativamente insatisfatório ou interessante, depende do seu ponto de vista. Você não está lá, nem cá, no entanto, uma coisa é certa: VOCÊ PASSA A RECONHECER os incríveis chupadores de buceta (no caso de "chefe" mulher) ou pau (nem vou complementar).

Os chupadores tem o grau clássico de cinismo e ambição para achar que subirá de cargo, sendo que nem tem um para onde ele (a) ir; a verdade é que ele (a) terá que esperar alguém morrer para tanto. O máximo que terá é um ego gigantesco de profissional massageado que ganha o mesmo valor no campo TOTAL da folha de pagamento que aquele que é como eu e você: quer fazer o seu, sem supervalorizar, sem alardear, sem anunciar, sem desenhar... Só fazer o que tu faz de melhor com a excelência usual, sem ninguém bater nas suas costas.

Qual é a dificuldade nisso?

É, amigos, amadurecer dá uma raiva porque as coisas da vida ficam mais cruas. Você já não se importa com certas socializações. Pode amar o que faz, mas quando existe chupação de buceta/pau, as coisas ficam complicadas.

Gera-se aquele clima pornográfico de chunchação (xunxação, tanto faz a grafia, já que o significado é o mesmo) desagradável aos olhos de quem está por perto. Cara, que coisa chata.

- Se controla, bicha (bicho), controle-se na chupação de buceta (pau) - dá vontade de gritar, correndo pelos corredores.

Rola sexo sem ter sexo numa sala de trabalho. E é para poucos, porque tem que ter estômago. E se eu depender do meu estômago...Opa, espera, a real é que nem tenho um!

Já dizia a vovó Márcia: já fala tudo para não ter câncer no futuro. E eu falo. Vai saber. Não quero contrariar a voz da sabedoria!




sexta-feira, 1 de julho de 2016

Como ter uma boa vida

Eu estarei sempre aqui.
Se entregar é não olhar para trás.
Nem para a frente.
Só o agora.
Eu segui seu conselho: te seguir.

Quero cruzar teu caminho pra sempre.
Atravessar teu viés.
Diagonalizar tua vida.
Cortar tua direção.

Estou aqui para compartilhar
Desejos, sonhos e dissabores
De uma vida a dois
Um caminho par.

Sou teu par.
Eu quero partilhar
Compartilhar a gente
E unir naquela foto de nós dois, par.

Quero dividir
A nossa vida gostosa
No mais alto mural, numa propaganda ou no Facebook.
Nossa vida... boa vida com você.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Eu nem te queria, querendo

No fim, somos só eu e você.
Foi assim desde aquele dia.
Bons de conversa.
Sempre foi sobre nós dois e o mundo.

Aqueles seus olhos inchados não me deixavam dormir.
E começou a me possuir, brando.
Com sua intensidade.
Essa, que ainda não me deixa dormir.

Senta e esquece. Mesmo o que importa.
Vamos conversar. Somos bons nisso!
Olha, menino, vou ser sincera, eu nem  te queria.
Sabia que não daríamos certo.

Eu ouvi no carro aquela música...
"Você não poderia surgir agora"
'Alguma coisa diz pra eu ir embora;
Outra diz que eu quero você pra mim...', dizia.

Eu quis sua brandura para mim.
Peguei sua mão e fui conhecer sua família.
Olha aqui, menino, não tem medo:
É para agora e é para sempre.

Vem com sua intensidade!
Não me deixe mais dormir de ciúme, de alegria e de amor.
Não tenho mais amarras; meu coração se acorrentou a você.
Porque eu te amo.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Exercício pós-parto: emagrecer, tonificar e revitalizar



Voltar à ativa depois de ter filho é algo que, aparentemente, parece ser surreal com a quantidade de responsabilidades que assume instintivamente quando o bebê nasce. E mais ainda depois que volta a trabalhar. É um trabalho eterno.

Se você tinha uma rotina de exercícios antes de engravidar, pode ser que não tenha sentido - ou não vá sentir - o que eu senti quando resolvi emagrecer, tonificar e revitalizar minha vida e meus músculos no pós-parto.

Pode estranhar eu dizer pós-parto 4 meses e meio após o nascimento do baby. Mas é real: seu corpo ainda está encarando os reflexos dos 9 meses de gestação. Acredite.

Na primeira consulta com a ginecologista depois do parto e ainda inchada, perguntei quando eu poderia voltar a praticar a corrida, coisa que eu fazia regularmente antes de engravidar. Ela riu e respondeu:

- Vai com calma! Comece caminhando, devagar, por 45 minutos, depois de 60 dias da cesárea. Seu corpo ainda está debilitado. Mesmo que quisesse, você não conseguiria correr - finalizou, arrasando com minhas esperanças de me tornar uma nova blogueira fitness paulista.

E a verdade veio logo à tona quando resolvi subir um trecho de escadas. Todo o meu preparo havia sumido. Sumido.

A partir de então se passou mês após mês e aquela ansiedade da barriga de volta. Se ela volta...pode até voltar. Mas não me envergonho em dizer que a minha diminuiu MUITO desde as últimas investidas. Meu peso está inferior ao de antes de engravidar, calças antigas voltaram a servir, mas o tônus muscular... Não sei não, viu. A coisa não é a mais a mesma no Alasca.

Realmente a ginecologista estava certa. Meu bebê fará um ano em seis dias. E só agora estou me sentindo plena novamente. Digo isso em todos os sentidos, não apenas fisicamente falando.

Minha sugestão para mamães - e não mamães também, por que não? - é: suba escadas e controle a ingestão de baboseiras do tipo gordura, frituras e todas aquelas delícias que a gente sabe que vão todas para o nosso bumbum. Depois que cortei elevadores (não todos, obviamente) e escadas rolantes (todas) meu bumbum, pernas e barriga deram uma boa revigorada!

Além disso, descobri um restaurante vegano perto do trabalho que se chama Barão Natural, vale a pena visitar porque tem preços ótimos durante a semana; e, quando estou sem tempo consumo, apenas no almoço, o shake da Herbalife, afinal, ainda amamento e não posso cortar muitas calorias do meu menu.

Também se não quiser fazer isso, apoio. Faça o que te fizer feliz. E ao seu bebê também.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

TWITTER: Sobre o Trending Topic (TT) de hoje #EuJaMentiQue

#EuJáMentiQue...

- Não tinha mais chiclete só para não dividir com os amiguinhos.






- Teria que trabalhar no fim de semana para não ir àquele encontro.





- Não estava com fome, mas na verdade era só vergonha de aceitar.





- Nunca mais falaria palavrão.





- Nunca mais me envolveria nas questões familiares.





- Não tomaria mais refrigerantes.




- Tentaria não brigar mais e nem me estressar.


terça-feira, 14 de junho de 2016

25 curiosidades sobre mim

1_A minha família virá sempre em primeiro lugar para TUDO nessa vida. Se alguém precisar que eu conserte a torneira da casa dele, consertarei; mas só depois que eu consertar a torneira que a minha família usa;
2_Meus amigos são preciosos para mim de uma forma que não consigo descrever. Apesar de eu não fazer o tipo amiga grude porque odeio isso, estar longe é bom para mim, apesar de me torturar;
3_Odeio frescuras no cu. Sério. Você saberá quando eu quero ou não ou quando gostei ou não;
4_Sou transparente. Se te digo que é isso, acredite. Não preciso fazer média com ninguém. Sei que isso me deixa parecendo grosseira ou rude demais, mas depois de uma certa idade decidi me respeitar;
5_Se eu gosto de você farei tudo para te deixar bem e feliz. Sou leal;
6_Tenho uma imaginação malditamente abençoadamente fértil. Para o bem e para o mal.
7_Acredito nos meus sonhos premonitórios. Acho que cinquenta por cento da minha vida eu já sonhei em algum momento e acertei. O difícil é lembrar só quando acontece;
8_Eu gosto de muitas coisas. Gosto de desenhar, de cantar, de dançar, de conversar, de viajar, e de mil outras coisas em igual proporção. Me intriga não ter algo pelo qual morreria. É possível amar tanto o tudo?
9_Amo o frio. Mesmo o de doer;
10_Tenho um pé no barraco. Dou um rim para não entrar numa briga; mas, depois que entro, entro para acabar com a porra toda;
11_Acredito no meu pré julgamento sobre as pessoas. É quase sempre uma questão de tempo até ela se sentir a vontade e comprovar minha teoria;
12_Amo pão com manteiga. Deixo de comer lasanha, hambúrguer, chocolate por um lindo, delicioso pão quentinho de padaria com manteiga. É minha perdição;
13_Tenho pouquíssimos amigos. E isso me deixa feliz, afinal, os que estão aqui é porque conhecem meu melhor e meu pior;
14_Não gosto de beijinhos em quem não conheço. Nunca gostei. Na época de escola não dava beijinho. Hoje até dou, meio que obrigada, por questões sociais;
15_Sou muito zelosa com meus pertences. E sou assim com o dos outros porque sei o quanto é odioso lidar com pessoas descuidadas;
16_Odeio supervalorização de trabalho. Do tipo: a tarefa é simples mas a pessoa diz: "nossa, demorei pra fazer, deu um trabalhão porque tive que fazer blablabla...". Faça a merda e cale-se. Se foi difícil e fez direito, os resultados e elogios aparecem sem você dizer aos quatro ventos;
17_Sou estressada. Pra caralho;
18_Nunca imaginei casar ou ter filhos. Nunca quis isso de fato. Se me arrependo? Sim. Deveria ter me tornado mãe e esposa antes. Hoje é o que faz querer melhorar e o que me faz mais feliz. Nunca estive tão feliz na minha vida;
19_Gosto de coisas peruas. Acho que serei uma velhinha bem daora.
20_Falo MUITO palavrão. Eles expressam com exatidão meus sentimentos: da euforia até a putice extrema;
21_Empodero o feminino. Sinto orgulho das mulheres de hoje com a mesma proporção que sinto vergonha de outras;
22_Tenho admiração por homens que cozinham porque todos os homens da minha cozinham com louvores;
23_Amo rock n' roll. Em todas as suas vertentes.
24_Apesar de todos os pesares, me tornei uma pessoa muito emotiva com tudo ao meu redor. Os cheiros, as coisas, os filmes, os olhares...eu sinto tudo. Finalmente o que eu achava mais fraco em uma pessoa, é o que me faz ser mais forte e ironicamente me torna mais humana e compadecida com tudo;
25_Se eu pudesse e tivesse um poder, seria o de melhorar o mundo. Sim, é um puta discurso coxinha, mas ter um bebê me deixou mais crítica e zelosa. Melhorar o mundo é uma prioridade para mim, para o amor da minha vida ter sempre o melhor.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Com licença: o bebê quer dormir!

Com a luz acesa, televisão ligada no telejornal, marido na cozinha fazendo o jantar, eu arrumando coisas enquanto brincava com o Anthony. Freneticamente.

Ele estava bem agitado para uma segunda-feira pós feriadão. Pós creche. Pós dia cheio no meio do trânsito na volta pra casa.

Estranhei. Era quase 22h e o bebê ainda não tinha dormido.

Aí me dei conta: apaguei a luz, abaixei o volume da televisão, pedi um pouco mais de cuidado ao Marcelo. E aí...bebê rola aqui, rola acolá, pede peito e DORME.

Conversando com o Marcelo sobre a noite anterior, comemorei o sucesso da minha empreitada iniciada no primeiro dia do bebê Anthony: fazer com que ele soubesse e diferenciasse o dia da noite.

Desde bebezico fazia questão de manter os barulhos pela casa, a rotina comum e a noite prezava pelo silêncio. Ele adquiriu o hábito e agora só dorme se for assim. Depois que dormiu, como diz o Marcelo, "pode soltar foguete que ele não acorda".

Então, mamacitas, fica a minha dica da vez: criem hábitos. Atendam às necessidades dos seus bebês. Isso vai refletir para o resto da vidinha dele. E olhem: posso afirmar que nem tudo o que a gente lê por aí é balela, afinal, esse método é algo que li MUITO pela internet antes de testar. Eu e o Anthony fomos as cobaias. E amamos.

Boa sorte!


quinta-feira, 7 de abril de 2016

O bêbado e a equilibrista no metrô da linha azul

O dia começou normalmente, aquela rotina comum entre eu, o bebê e meu marido, às 6h.

Nos arrumamos, brincamos, saímos de casa para dar início ao nosso dia fora do lar. O primeiro passo é o Marcelo me deixar no metro Jabaquara e depois levar bebê Anthony à creche.

Ótimo! Trânsito não havia, então cheguei bem cedo à estação.

Na plataforma, não entrei de pronto. Já que estava dentro do horário resolvi aguardar o próximo trem.
Claro que há sempre aquela tensão para sentar... E algum filho da puta te empurra e você acaba ficando em pé. O filho da puta me empurrou, mas consegui sentar ao lado de alguém, que não olhei imediatamente até perceber que o tal senhor estava com as pernas ARREGANHADAS – no sentido da palavra – ocupando não só o “quadrado” dele, mas invadindo o espaço que me cabia. Que conquistei.

Educadamente, dentro do possível, pedi:
- Senhor, poderia, por favor, recolher um pouco as suas pernas?

O bendito se moveu 0,003cm ao lado direito.

Não contente, ele, de maneira provocativa, me perguntou as horas e abriu ainda mais as pernas. Respondi, novamente, de maneira educada:
- São cinco para as 8h.

Sorrindo maliciosamente, ele perguntou:
- Da manhã ou da noite?

Ignorei. Não era possível que esse senhor de aparentemente 50 anos, magricela, pele avermelhada e enrugada, fedendo a bebida e suor testaria minha paciência em um dia tão digno. Pois sim. Era para isso que ele estava ali.

Resisti o quanto pude às inúmeras investidas dele. Ele forçava a perna dele contra a minha, encostava o ombro, me empurrava com o corpo...

“Não darei esse gostinho a esse maldito”, eu pensava.

Chegando à estação Vila Mariana, eis que ele, com todo aquele cabelo oleoso cheirando a sebo encosta a cabeça no meu ombro. Foi a gota d´água. Levantei e disse:
- Satisfeito? Agora o senhor que deite nesses dois bancos.

Fiquei com raiva da moça que sentou onde eu estava. Ela estava acompanhando a minha odisseia com aquele semi-bêbado insolente. Mas enfim, que sentasse. E aí ele, com a língua toda enrolada, levantou a voz em minha direção.
- Você é bonita, mas é mau educada. Ser mau educada deixa a pessoa feia. Você agora está feia. Você é mau educada. Você é mau educada.

JESUS! Não aguentei:
- Ah, vá seu bêbado de merda. Só quero ir trabalhar em paz. Cala a boca e siga a sua viagem. Abra essa porra das suas pernas e seja feliz, crápula.

Não contente ele jogou:
- Seu pai não te deu educação!

ARGHHHH! Não é possível que esse filho da puta ainda esteja falando. Me imaginei pulando em cima dele e pegando aquele pescoço de frango e metendo-lhe porrada. Não fale da minha família, maldito. Algo me refreou.
- Na moral, cara. Você não merece meu respeito.

Ele continuou falando até a Liberdade coisas que meu cérebro bloqueou, por sorte dele.

Um senhor se colocou entre eu e ele e me pediu calma. Sentei onde o meu antigo algoz estava. Minha carne tremia. Minha imaginação criou centenas de formas que eu poderia matá-lo. Ele desceu, para a alegria dos passageiros que nada fizeram a meu favor, vendo a folga daquele senhor. E começaram os comentários.

“Nossa, que raiva. A gente não tem nada a ver com isso mas dá vontade meter a porrada num cara desse”.
“Nossa, moça. É bom se benzer. Esse ser encarnou na sua”.
“É mesmo. Complicado. Se benze, fia”, emendou outra senhora.

Pedi para a família me benzer. Melhorei. O resto do meu dia foi lindo. Mas ainda penso em quebrar a cara daquele que quis me azedar.


Sorte dele que algo me refreou, como eu disse aí em cima: eu só não queria ser a próxima famosa do Youtube e Facebook. Só por isso. Que sorte a dele.

quinta-feira, 31 de março de 2016

A vida cobra


Você avisa. Você conversa. Você expõe.
Briga, fala, desenha.
Discute, debate, argumenta.
Mas quando o outro não quer entender, ele faz de tudo.

Vale até se enganar para não pagar o pato.
E se você deixar de se importar – que fique de aviso - :
Não haverá avisos, conversas ou exposições
Nem brigas, falatórios e ou desenhos
Menos ainda discussões, debates acalorados ou argumentações.

Se emende, se atente.
Você vai se lembrar das minhas palavras.
A vida cobra.
E ela é uma ótima agiota.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A concepção de família: uma reflexão sobre o amor e a exploração


O ambiente familiar, para mim, autora desse blog, consiste nas palavras amor, apoio e respeito. No entanto, devo frisar que amar não apenas no dizer, apoiar não apenas no agir em alguns poucos momentos e respeitar não apenas o título familiar, mas a pessoa.

A família é composta por pessoas. UNIDADES. Unidades estas que têm por entendimento o suporte, o famoso "estar lá para o que der e vier". Para "o que der e vier" é o que faz o "rolê ficar loko". Que faz confundir.

Você pode dizer "vô (vó), meu orgulho" no Facebook para seus milhares de amigos curtirem e comentarem "Ain, que gracinha" para esse (a) velhinho (a) que passou por poucas e boas na vida para manter uma família, para dar amor, proporcionar conquistas e risadas. Mas você não estará lá quando seu (sua) avô (avó) mais precisar de você, porque você tem uma balada no final de semana, mesmo depois de ter prometido passar um mês com ele. Não, isso não é amor.

Você pode beber com seu pai nas festas, pode cantar hinos de times, pode conversar sobre mulheres e muitas outras coisas porque ele é seu parceiro. Mas você jamais pensa nele quando ele sai às 5h da manhã para trabalhar em busca de um conforto que deveria ser para ele e sua senhora, mas que ele gasta emprestando dinheiro para suas baladas. Não, isso não é apoio.

Você pode abraçar sua mãe e dizer que ela é seu "maior orgulho" na frente da sua namorada e gritar aos quatro ventos que tem a melhor família do mundo, porque sua mãe é sua mãe. Ela é amiga dos seus amigos. Ela batalha. Ela te criou. Mas você só explorará sua mãe quando precisar. Mas quando ela precisar de uma carona para ir ao trabalho, você terá algo melhor a fazer (que o que quer que seja é mais importante do que auxiliar e atender sua mãe nesse pedido) e a deixará sair pela porta do apartamento para pegar um ônibus na esquina. Não, isso não é respeito.

Provavelmente essa seja realmente uma família linda, que te ama. Provavelmente, não! Com certeza! Porque ela atura você, no auge dos seus 20 e poucos anos, sendo um (a) total babaca, apesar de achar que não é.

Dizem por aí que os pais pagam pela - a falta de - educação dada para os filhos. Que tudo isso é reflexo de uma eterna "passassão" de mão na cabeça dos que são, agora, marmanjos formados que acham que 20 reais não é dinheiro, mas que eles mesmos não têm.

Amor tem limites, assim como o apoio. Mas o respeito...o respeito é para sempre. E se você é incapaz de, no mínimo, respeitar, atender aos pedidos, pensar no bem daqueles que são seu maior bem (e acredite, eles são. Só eles estarão sempre lá por você, mesmo sendo babaca), cara, por favor, faça um favor a si mesmo e se trate. Procure ajuda. Converse com alguém que saiba que não irá te apoiar inconsequentemente, mas sim aquele que te diz verdades mesmo quando não quer ouvir.

Sei que é difícil encontrar tais pessoas, mas acredite: elas existem e podem te trazer de volta à realidade.

Falar, declarar, ter a intenção de NÃO É amar. Não é respeitar. Não é apoiar.

Você é só um explorador de merda.

Já diziam os antigos: "família é aquela que está dentro de casa". Mas, e quando aquela que está dentro de casa, no seu convívio, nas suas festas, não pensa em ninguém mais além de si mesmo?

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A mudança grande chegou!

Mais um período de mudança está prestes a acontecer: a vida de casal terminou há quase 7 meses para darmos início à vida familiar.

Vida familiar que ainda não vivemos, já que estivemos reformando o cafofo até o momento - claro que teve embromação por conta dos meus pais - e olha, vou te dizer, que agora virá outra mudança. Outro novo momento.

Finalmente seremos só nós três. Agora que temos a nossa casa, reinventaremos o amor, a convivência, estabeleceremos novas metas e comemoraremos novas conquistas. Com medinho e confiança (misturados), esperança e muito, muito amor e muita felicidade.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Foguete


O meu amor tem um jeito de brincar comigo e rir do meu amor
Com seu corpo dançante pós banho
Sou testemunha do seu amor, amor
Seu jeito manso de me deixar maluca
E me machucar com seu beijo voraz
Com uma mordida no lábio
Para dizer que me quer

O meu amor tem uma forma de me acender
Desfruta do meu amor com teu olhar de flerte
Me prova com seus dedos
Testa meu querer, meu resistir
Que não dura uma única melodia

Ser tua janta ou teu café da manhã
Já tanto faz com tanta vontade
de te conhecer e aceitar que haverá
eternidade ao nosso amor

Meu amor aceita que eu não poderia fugir agora
Você nem deveria tentar desse jeito
Tudo o que eu tinha já está pelo chão
Meu amor, teu amor é rei no meu corpo
Na minh'alma, meu olhar e meu ser.

O meu amor tem uma forma de me acender...