quarta-feira, 12 de maio de 2010
Tristeza repentina
Era uma terça-feira, por volta das 23h quando começa a conversar com seu melhor amigo:
- Não sei. Acabou de me dar um aperto no meu coração.
- Do nada?, diz ele.
- Oui.
- E nem faz ideia do motivo?
- Nope. Acho que meu subconsciente mandou uma mensagem de aviso – disse, rindo - uma notificação de despejo da minha alegria.
Todo preocupado, o amigo ainda insiste:
- Mas se você não sabe do que é fica difícil...
- Mas não estou pedindo ajuda. Só te informei.
- Eu sei que não... Só queria entender o que foi!
- Se eu não entendo você vai entender muito menos. Pra que você tenta? Já não me conhece?
- Hábito. Não gosto de te ver assim, me preocupo, sabe?
Riu.
- Eu joguei no Google o tema tristeza repentina. É normal sabe. Mas uma coisa é fato: odeio ver pessoas que falam que é falta de Deus, oração ou sei lá o que relacionado à religião. Já conheci muitas pessoas que frequentavam a igreja e sentiam a mesma merda. (...)Bando de imbecis... Muita gente sente o que sinto. É um sentimento comum. Tu não se sente assim as vezes?
- Muitas e muitas vezes! – suspirou.
- Na verdade acho que isso nunca passará. É inerente a todos nós, um tipo de vírus incubado que pode se manifestar ou não, quando bem entender. Sem pedir licença.
- Odeio me sentir assim...
- Eu acho que faz bem. É um processo de autoconhecimento.
(...)
- Vou dormir. Quero curtir essa depre no meu canto. Boa noite.
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