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segunda-feira, 30 de março de 2015

Case-se comigo


Passeando pelas ruas frias de São Paulo, típicas de um começo do outono, nós olhamos para aqueles bares lotados. Gente jovem, muito jovem, de meia idade, uma real variedade de pessoas. Trocamos olhares e continuamos olhando pra frente, de mãos dadas, quando suspiros mútuos se encontram.

- Nossa, eu realmente não sinto falta disso.
- Nem eu - respondeu ele, com um sorriso no olhar.

É a constatação: estamos felizes. É um casamento que realizamos todos os dias quando ele me busca no metrô, faz o jantar ou brinca comigo das coisas que mais odeio (cócegas, por exemplo). Reconhecemos a beleza das coisas simples que incrementam e enchem nosso coração de amor.

Fora do comum, casamos todos os dias sem precisar de uma aliança. Casamos em silêncio assistindo TV; casamos quando eu levanto para trabalhar e ele me puxa de novo pra perto dele, estendendo aqueles 10 minutos que deveriam ser de sono em carinhos matinais; casamos pelo Whatsapp, resolvendo os pepinos de um lar; casamos quando ele diz que estou realmente bonita com o batom que ele adora; casamos quando ele diz que estou "gostosa" mesmo com aquele moletom velho; casamos quando ele chega do trabalho, me beija e carinha nosso bebê, ainda guardadinho na minha barriga.

Fique comigo como tem ficado todos os dias. Apenas continue casando comigo com seus olhares, sorrisos e suas palhaçadas juvenis. E eu prometo continuar te amando. Pra sempre.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Noite de sono

Tinha tudo para ser só mais uma noite de sono. Até ele acordar e colocar a mão na minha barriga.

Alisou, alisou e foi ao banheiro, quando, de repente, o nenê acordou virado no "jiraya". O nenê mexia pra lá, mexia pra cá e acabou me acordando. Despertou aquela vontade de fazer 5 litros de xixi que, quando finalmente vai fazer, ele representa algumas gotas. Bela pressão no rim.

Finalmente nos ajeitamos na cama. Quando eu tentei fazer "conchinha" nele, percebi que já não encaixa mais por conta do tamanho da minha melancia. Mesmo assim, tentei. Encostei minha barriga no bumbum do meu marido e tentei adormecer, mesmo com o nenê parecendo que estava agarrado ao cordão umbilical e balançando, quase que cantando "I came in like a wrecking baaaaaall", da Miley Cyrus.


E assim adormeci.

No carro, pela manhã, a primeira coisa que ouço é:

- Esse nenê está de brincadeira com a minha cara. Levei mais ou menos três chutes na bunda essa noite.
- COMO ASSIM? - falei, - jurava que você não tinha sentido nada!
- Eu fiquei esperando ele parar.
- HAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAH TOMA!

E assim começa a saga dos novos pais, aguentando a "zueragem" de um nenê que ainda nem nasceu.