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segunda-feira, 28 de julho de 2014

À distância


Ela me abandonou.


Com todos os meus segredos, angústias, conquistas e derrotas, foi embora e "nunca" mais vai voltar. Que soe egoísmo, é o melhor pra ela, mas não para mim. Quintas-feiras com gosto amargo, e que costumavam ser tão doces. Não enjoativas, mas doces daqueles bons, que dá vontade repetir pra sempre.

A distância não tão distante que nos separa em quilômetros, mas não em espírito.

Dói o coração.
Dói a alma.
Dói a cabeça, que lembra de tanta coisa legal de um momento tão foda na vida!

De tantas coisas que sinto falta, certamente são as conversas. Das amizades, uma das mais "machas" que já tive. Se houvesse desentendimento ou algo que não gostássemos, podíamos xingar e "mandar a merda" sem ressentimentos. E você sabe, mulher é ressentida normalmente. Tem que ter jeito. Não com a gente. Sabíamos que aquilo era para bem. Para o bem e para as risadas. Que engraçado xingar de viada!

E de viada para amora. 8 ou 80. Sem meios termos, nem meios olhares que conversavam, muito menos meias palavras, por mais que fôssemos ótimas entendedoras. A vida é bem mais engraçada do que eu costumava achar antes. Posso dividir o antes, o durante e o pós amora.

Se vou ter isso de novo, não sei. Nem sei como estou conseguindo depois de um ano e meio sem ela aqui. Aliás, sei sim. É por conta das outras componentes do tripé... E que virou quadripé com mais uma diva do karaokê que não tem frescura. E ai se tivesse!


As pessoas falam de amor e casamento, com duas pessoas apenas. Acho que nosso amor é plural. É sincero. É quádruplo por termos dado sorte de nos encontrarmos nessa zueira. Se perguntar se tenho amigas, FINALMENTE, pela primeira vez na vida, eu realmente tenho amigas. 

Sem frescura. Sem necessidade de ver ou falar todos os dias. Só a vontade de saber se está tudo bem, se precisa de ajuda, conselho ou um "tomar no cu" pra acordar.

Estamos desfalcadas. Eu estou desfalcada. Saiba que faz falta. Mais do que pensa que faz. Acredite: eu sou um pedaço menos eu sem você aqui.




Para Letícia Amora/viada, Mikão e Pintinho.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

A liberdade e a libertinagem

"Eu sou alguém!"

Somos condicionados a se comportar de certas formas, agir de uma maneira e seguir regras.


Quais regras?

Hoje me pergunto por elas conforme acrescento anos à minha idade, afinal, o questionamento parece ser parte de algo que vai além do infinito. 

Em conversa com um amigo - supostamente hétero, frisa-se, porque ele sempre parece ter levado "jeito" para o mesmo time - ele admitiu que, depois de uma decepção amorosa com a ex-namorada (sim, e teve VÁRIAS ex), abriu a mente e as possibilidades. Aderiu ao TINDER (um aplicativo que promove paquerinhas virtuais e encontros -  BEM- reais) e, na dúvida ao marcar os interesses em homens ou mulheres, resolveu marcar os dois. Que mal isso poderia fazer, afinal?

Bom, nenhuma, na minha opinião. Mas não minto que soa tão confuso para mim! Penso que a pessoa não faz uma simples opção como essa apenas por um término de namoro. Sempre acreditei em uma pré-disposição, algo já inerente à pessoa, não uma escolha. Talvez curiosidade. E curiosidade, dependendo de como for, com o que for, com quem for, a gente acaba sanando, cedo ou tarde. Ao menos tem sido assim comigo nos últimos 28 anos repletos de descobertas.

Esse caso fez com que eu me fizesse muitas perguntas. Conclui que eu realmente amo a liberdade de escolhas! É algo mágico e tão límpido nos seus propósitos... No entanto, odeio a libertinagem, que toma conta dessa magia toda quando não é bem administrada.

Não pense você que é pelas regras que nos impõem ao convívio social que digo isso. Apenas, algo que não faz bem a si mesmo. Pode fazer por um certo período de tempo. Só. Não mais. Não eternamente, trazendo consequências para o seu bem-estar. Isso SIM me preocupa.

Admito que ainda sinto sérias dificuldades em distinguir e entender drag queens, travestis, crossdressers, homossexuais, bissexuais, disfunções de gênero, etc, etc, etc e, sim, heterossexuais. Não me orgulho, mas quanto mais pesquiso, mais confusa fico. E curiosa. Mas também admito que, de felicidade, eu entendo. E de boas e más escolhas, também.

Só espero que ele tenha sido feliz e se encontrado. Só espero que não tenha tomado atitudes com os seus pretendentes que possam lhe causar algum mal.

"Apenas UMA sexualidade PLURAL" é chato.
O ser humano, com todas as suas possibilidades... é realmente intrigante!


terça-feira, 22 de julho de 2014

O fim de um ano


De um olhar vejo teu desejo
Das ligações meço suas intenções
Dos dias que não me vê, sei que não me quer - e já faz duas semanas!
E quando nos vemos, o amargo de um beijo do fim.




*Pelo término dos namoros de amigos, que sinto como se fosse comigo... Sinto muito!

terça-feira, 15 de julho de 2014

Imersão*


Um flash de luz cobriu meus olhos.

Meus pensamentos estavam tão imersos nas lembranças e nas possibilidades que não via mais nada. Apenas assistia àquele momento. De alguma forma o cheiro também veio à tona: de cerveja e seu perfume. A música preencheu meus ouvidos. Um balanço inegável de mãos que queriam se tocar de alguma forma.

É tão bom e esquisito isso acontecer! As lembranças são tão reais que te sugam desse mundo e até parece que seus olhos viram, parecendo "envesgar", tentando, sem sucesso, assistir mais no interior da cabeça.

E o mundo rodou.

Buzina.

O farol abriu. Os olhos fecharam. Um suspiro.


*imersão 
i.mer.são 
sf (lat immersione1 Ato ou efeito de imergir ou de imergir-se. 2 Começo de um eclipse; instante em que um planeta entra na sombra de outro.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Carta dos meus pensamentos ao teu amor

Não sei descrever em palavras o quão perfeito foi estar com você esse final de semana. Foi como se nosso estranhamento de outrora nunca tivesse acontecido; e nunca aconteceu de fato.

Você ficou comigo todo minutinho e me beijou muito - e você sabe que eu adoro isso (especialmente sua boca rosada).  Infinitas formas a forma que me olhava. E de mais infinitas as formas que meu coração parava a cada momento que me lançava esses olhares.

Ri tanto com seu espírito leve e jovem! Tão bom e tão claro espírito que todos podem perceber seu halo. E posso dizer que sou a maior beneficiada no fim.

Tenho aprendido muitas coisas com você, meu amor. E isso me faz querer que o dia corra, para que eu também possa correr para teus braços protetores de mim e do meu sono.

Nossa! Como eu te amo! Sei que sabe disso porque te digo isso a todo momento. E direi mais. Cada vez mais.

Novamente, obrigada por ter acreditado quando eu não imaginava que pudéssemos ficar juntos. Em troca, meu amor e coração, este eternamente feliz por você preenchê-lo como preenche.

terça-feira, 1 de julho de 2014

O Facebook dOs Croquis!

Pronto! Finalmente a página está no ar com um gostinho de realização. O blog "Os Croquis" foi uma ideia que me ocorreu em 2009, quando tinha acabado de me formar na faculdade de Jornalismo. Algo pessoal. Algo dos meus sonhos e imaginação - bem fértil e louca. 

Dedicado àqueles que entendem. E aos que não entendem, o desejo de uma vida menos presa ao chão, mais presa ao ar, às ideias e às palavras que nos dominam e rondeiam. 

Seja bem-vindo ao blog "Os Croquis".

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O nacionalismo nosso de cada dia.

Até onde a culpa do brasileiro?
Até onde a culpa do estrangeiro?
Até onde a culpa dos governantes?

Brazilian boy
Menino travesso
Na rua, sua cerveja
Na internet, a oportunidade
De falar  burramente sobre as mazelas.

Brazilian girl
Menina sapeca
Idealiza um país
Defende ideais
E vai pra Vl. Madá caçar gringos.

É época de Copa!
A alegria nacional
A possibilidade internacional
Momento de pompa
Vamos para o bacanal!

Cansa ver um Brasil nacionalista
Só em época de Copa
A data chega junto
Com os protestantes mudos
Partidariamente dominados

Cansa ver um Brasil nacionalista
Só em época de Copa
A data chega junto
A população metida a crítica
De um país sem trilhos há décadas.

Até onde a culpa do brasileiro?
Até onde a culpa do estrangeiro?
Até onde a culpa dos governantes?


Culpa a todos.
Sem redenção.
De uma atadura sugerida
E acatada
Por todas as gerações cegas.