Ela pensou em suicídio pela primeira vez aos 25 anos.
Foi por um motivo qualquer, de desilusão amorosa. Coisa à toa.
O mundo tinha um tom absurdamente mudo.
As cores soavam totalmente cinzas.
Os rostos pareciam todos iguais.
Mas uma coisa é certa: ele não saia da cabeça dela, pobre menina.
Ela sabia que ele tinha todos os defeitos que ela mais odiava - com toda a sua alma, de certo.
Mas o oposto também acontecia. Ainda com maior intensidade.
Dúvidas.
Um conflito entre seus djinns. E se cansou.
Ela recebeu mil conselhos contrários dos amigos, dos colegas, dos inimigos e daqueles que queriam parecer amigos mas realmente não se importavam com o que ela sentia.
"Hipócritas" - gritou dentro do seu carro, sozinha, no sereno de São Paulo. "Por favor,..." - tentava dizer, enquanto o ar não chegava aos seus pulmões, tentando desesperadamente respirar. E, por um segundo, desmaiou, de tanta dor que sentia.
Decidiu ir para casa. Tentar dormir. Sonhar. E acordar bem.
E aí, ela acordou...
"Droga", falou a si mesma.
Ela só queria não ter acordado. (Já estava morta, só ainda não sabia).
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