quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Não faço duas vezes; faço um novo!
A grande graça da vida, de repente, é errar; assim depois, você não comete os mesmos erros, a não ser que queira, dando a si mesmo a oportunidade de cometer novos erros/enganos.
Postado por
Unknown
às
30.11.11
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terça-feira, 29 de novembro de 2011
Os múltiplos
Segurou a cintura como se nunca mais quisesse soltar.
Quis possuir; e teve.
Sussurrou algumas palavras quase impronunciáveis ao pé do ouvido e então, com os corpos colados só sentiu o suspiro; de repente, ofegou tão profunda e compassadamente em suas costas que o arrepio na nuca se espalhou pelo resto do corpo, inevitavelmente, até a ponta dos dedos dos pés.
Levou as alturas.
As pernas tremiam.
O coração queria deixar seu peito.
O sangue correu com furor dentro do seu corpo.
E não segurou: sua voz era mais alta do que o som dos carros que passavam lá fora – e mal percebia isso.
Estava fora de si e dentro de si. Era si mesma. Era onde queria estar... Mais próxima da lua.
Quis possuir; e teve.
Sussurrou algumas palavras quase impronunciáveis ao pé do ouvido e então, com os corpos colados só sentiu o suspiro; de repente, ofegou tão profunda e compassadamente em suas costas que o arrepio na nuca se espalhou pelo resto do corpo, inevitavelmente, até a ponta dos dedos dos pés.
Levou as alturas.
As pernas tremiam.
O coração queria deixar seu peito.
O sangue correu com furor dentro do seu corpo.
E não segurou: sua voz era mais alta do que o som dos carros que passavam lá fora – e mal percebia isso.
Estava fora de si e dentro de si. Era si mesma. Era onde queria estar... Mais próxima da lua.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Está tudo bem! Eu gosto como me machuca...
Era uma noite comum de domingo.
Resolveram prestigiar o show de uns amigos que se apresentariam num bar famoso da cidade. Encontrariam o pessoal por lá, como de costume. Saíram de casa. Estavam bem, depois de uma semana cansativa de brigas e desentendimentos. Conversavam, se beijavam e trocavam carícias, como se não houvesse amanhã. Se entrosaram e riram com todos, como há muito não faziam.
Eles estavam longe do palco quando uma banda cover ruim resolveu tocar Metallica. Péssimo. Ela nem quis ver, no entanto, ele insistiu.
- Vamos.
- Ah, não... É ruim, e vamos ter que atravessar novamente esse mar de gente. Pode ir. – ela disse, inocentemente.
Foi o estopim. Ele a olhou como se quisesse matá-la.
- Pode ir...Eu não quero ver. – Justificou-se.
Já estava tudo estragado. Ele ficou nervoso e começou a destratá-la. Ela não gostou e se afastou, decidiu tomar um ar no andar superior. Depois de alguns minutos, ela desceu, procurando por ele... E nada. Rodou tudo e não o encontrou. Sentiu medo. Sabia o que aquilo queria dizer.
Resolveu então voltar para o mesmo lugar onde estava e parar de rodar. Assim, caso ele estivesse procurando por ela, encontraria mais fácil. Dito e feito.
- Onde você estava? – gritou.
- Eu fiquei aqui, depois sai para te procurar. – contou.
- Você sumiu! Não dá satisfações! Você é louca? Estava com quem? – rosnava.
- Me desculpa... Você foi lá ver o show e eu subi para tomar um ar. Fiquei nervosa. Não queria brigar.
- Como você some assim? Você é uma vagabunda!
Ela olhou para os lados para ver se ninguém estava ouvindo. E então ele se sentou ao lado dela. Foi a oportunidade de descarregar o ódio que sentia. Discutiram... Ele falou algo que a deixou no chão, e então ela disparou o famoso “se você fosse homem...”.
No mesmo momento ele começou a empurrá-la, afrontá-la. Levantou e mostrou o quão grande e forte era perto dela. Começou a dar beliscões que pareciam lhe arrancar parte da pele. Chorou. E pediu para parar. Implorou. Estava doendo. E então o empurrou e saiu andando em direção a escada, quando ele a empurrou novamente. Foi tão rápido, um reflexo: ela parou de andar, estava perto da escada. Seria ele capaz de empurrá-la escada abaixo?
Era. Pararam na beira da escada quando ele a empurrou. Ela se virou e tentou dar um tapa. Então pegou a moça como se fosse papel... E ela o arranhou (arrancou um pedaço generoso dele) e foi em direção à fuga. Ele lhe deu um chute. Certeiro. Doía muito.
Foram até o carro. Ela chorava, de dor, de ódio e decepção por uma briga desse tamanho por algo tão idiota. “E eu o amo tanto”, urrava, dentro de si. “Mas eu só... Não consigo mais!”.
Pararam numa lanchonete para conversar, ambos com hematomas. Choraram. Muito. Pediram perdão. Juraram nunca mais fazer. Já era o centésimo juramento que faziam um ao outro. Aquilo não tinha mais fim. Um pesadelo. Uma vida de mentiras. E de agressões – físicas e verbais. Até quando duraria?
Resolveram prestigiar o show de uns amigos que se apresentariam num bar famoso da cidade. Encontrariam o pessoal por lá, como de costume. Saíram de casa. Estavam bem, depois de uma semana cansativa de brigas e desentendimentos. Conversavam, se beijavam e trocavam carícias, como se não houvesse amanhã. Se entrosaram e riram com todos, como há muito não faziam.
Eles estavam longe do palco quando uma banda cover ruim resolveu tocar Metallica. Péssimo. Ela nem quis ver, no entanto, ele insistiu.
- Vamos.
- Ah, não... É ruim, e vamos ter que atravessar novamente esse mar de gente. Pode ir. – ela disse, inocentemente.
Foi o estopim. Ele a olhou como se quisesse matá-la.
- Pode ir...Eu não quero ver. – Justificou-se.
Já estava tudo estragado. Ele ficou nervoso e começou a destratá-la. Ela não gostou e se afastou, decidiu tomar um ar no andar superior. Depois de alguns minutos, ela desceu, procurando por ele... E nada. Rodou tudo e não o encontrou. Sentiu medo. Sabia o que aquilo queria dizer.
Resolveu então voltar para o mesmo lugar onde estava e parar de rodar. Assim, caso ele estivesse procurando por ela, encontraria mais fácil. Dito e feito.
- Onde você estava? – gritou.
- Eu fiquei aqui, depois sai para te procurar. – contou.
- Você sumiu! Não dá satisfações! Você é louca? Estava com quem? – rosnava.
- Me desculpa... Você foi lá ver o show e eu subi para tomar um ar. Fiquei nervosa. Não queria brigar.
- Como você some assim? Você é uma vagabunda!
Ela olhou para os lados para ver se ninguém estava ouvindo. E então ele se sentou ao lado dela. Foi a oportunidade de descarregar o ódio que sentia. Discutiram... Ele falou algo que a deixou no chão, e então ela disparou o famoso “se você fosse homem...”.
No mesmo momento ele começou a empurrá-la, afrontá-la. Levantou e mostrou o quão grande e forte era perto dela. Começou a dar beliscões que pareciam lhe arrancar parte da pele. Chorou. E pediu para parar. Implorou. Estava doendo. E então o empurrou e saiu andando em direção a escada, quando ele a empurrou novamente. Foi tão rápido, um reflexo: ela parou de andar, estava perto da escada. Seria ele capaz de empurrá-la escada abaixo?
Era. Pararam na beira da escada quando ele a empurrou. Ela se virou e tentou dar um tapa. Então pegou a moça como se fosse papel... E ela o arranhou (arrancou um pedaço generoso dele) e foi em direção à fuga. Ele lhe deu um chute. Certeiro. Doía muito.
Foram até o carro. Ela chorava, de dor, de ódio e decepção por uma briga desse tamanho por algo tão idiota. “E eu o amo tanto”, urrava, dentro de si. “Mas eu só... Não consigo mais!”.
Pararam numa lanchonete para conversar, ambos com hematomas. Choraram. Muito. Pediram perdão. Juraram nunca mais fazer. Já era o centésimo juramento que faziam um ao outro. Aquilo não tinha mais fim. Um pesadelo. Uma vida de mentiras. E de agressões – físicas e verbais. Até quando duraria?
“You ever love somebody so much,
You can barely breathe when you with 'em?
You meet
And neither one of you even know it hit 'em
Got that warm fuzzy feeling,
Yeah them chills you still get 'em
Now you gettin' fuckin' sick of lookin' at 'em
You swore you'd never hit 'em,
Never do nothing to hurt 'em
Now you're in each other's face spewing venom in your words when you spit 'em
You push,
Pull each other's hair,
Scratch, claw, bit 'em
Throw 'em down,
Pin 'em,
So lost in the moments when you're in 'em
It's the craze that the corporate controls you both
So they say it's best
To go your separate ways
Guess that they don't know ya
Cause today,
That was yesterday,
Yesterday is over and it's a different day
Sound like broken records playing over
But you promised her,
Next time you'd show restraint
You don't get another chance
Life is no Nintendo Game
But you lied again
Now you get to watch her leave out the window
Guess that's why they call it "window pane"
Love the way you lie
(NÃO É BASEADO EM FATOS REAIS, caso queiram saber)
(NÃO É BASEADO EM FATOS REAIS, caso queiram saber)
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
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