Segurou a cintura como se nunca mais quisesse soltar.
Quis possuir; e teve.
Sussurrou algumas palavras quase impronunciáveis ao pé do ouvido e então, com os corpos colados só sentiu o suspiro; de repente, ofegou tão profunda e compassadamente em suas costas que o arrepio na nuca se espalhou pelo resto do corpo, inevitavelmente, até a ponta dos dedos dos pés.
Levou as alturas.
As pernas tremiam.
O coração queria deixar seu peito.
O sangue correu com furor dentro do seu corpo.
E não segurou: sua voz era mais alta do que o som dos carros que passavam lá fora – e mal percebia isso.
Estava fora de si e dentro de si. Era si mesma. Era onde queria estar... Mais próxima da lua.
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