E ai ele me liga. Tínhamos coisas pendentes.
- Oi,... Pam?
- Olá, quem é?
- É o Alex.
- ... - não conseguia responder.
- Pam, não se faça de morta.
- O...oi, Alex - Só ele falava com ela daquela maneira.
- Então, eu preciso que deposite aquele dinheiro. Tem como?
- Claro que sim! Na quinta-feira eu folgo, pego a senha e faço a transferência.
E ela continuou, como se nada tivesse acontecido. Perguntou sobre a família, o trabalho e a vida dele. Já fazia 4 meses que estavam separados. Ficaram um ano juntos. A voz já estava saindo meio embargada, quando estavam para desligar.
Ele foi objetivo. Não quis saber de nada.
- Então tá.
- Depois passo na sua casa para deixar suas coisas, Pam. Tchau.
- Um beijo.
- ... - e desligou. Sem mais. Nada a dizer.
"Ele não muda nunca", pensou, sobre o tom rude do ex-amor.
E a dor, aquela, bem pungente, lhe atingiu o peito.
Talvez fosse melhor assim. Ele, de novo, poderia estar certo?
De que me importa?
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