"Quando te vi indo embora, tive que ir atrás e te puxar e te lamber e rasgar suas roupas ali, no corredor...
E sem pudor, te possuir ali! Te enfeitiçar com o esfregar das minhas pernas na tuas, com o filetar das tuas unhas, que como uma cunha, rasgavam fendas carmesim em mim...
E o toque da minha mão espalmada, firme e rija, te causava conforto, tesura, moléstia, raiva...
Amansava ao ponto de deix...a-la extasiada! Penetrava, profanava, batia, calava...
E seus gritos atroantes se confundiam com gemidos adulantes que aguçavam ainda mais nosso desejo incessante...
Bebíamos de nosso suor e sangue e do néctar que da vulva vertia conforme seu corpo tremia, ato esse que me cunhava mais fendas enquanto a arritmia ditava a respiração e a rítmica que nos consumia, fazendo nossos músculos paralisarem, repuxarem embebidos por ácido lático...
E após horas estávamos ali, rasgados, maltratados, extasiados e atrasados pra mais um dia que dividia as horas escuras das noites impuras e curtas pro nosso profano amor..."
Estêvão Fonseca Nascimento
blog: http://ocantomaisescuroesemsentido.blogspot.com/
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