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terça-feira, 22 de novembro de 2016

12 princesas Disney que tem fins terríveis nas obras originais

Cinderela: puro sangue e mutilação

Na versão da Disney:
Uma princesa que foi maltratada por sua madrasta vai a um baile e encontra o príncipe, mas tem que escapar antes da meia-noite e perde o sapatinho no caminho. Em seguida, o príncipe leva o tal sapatinho a todas as jovens senhoras do reino para ver se ele se encaixa no pé e encontra a amada. Ele encontra a Cinderela, a quem o sapatinho se encaixa perfeitamente, e eles vivem felizes para sempre.

Na história original:
Na versão de Charles Perrault, quando o príncipe chega à casa de Cinderela, a madrasta manda suas duas filhas cortar os dedos dos pés e calçar o sapatinho nas filhas. Seu plano não funciona, e Cinderela leva o príncipe e um final feliz pra casa. Para adicionar mais desgraça à história toda, durante o casamento, alguns pombos devoram os olhos de suas irmãs já mutiladas.

Bela Adormecida não deveria ser uma história para crianças

Na versão da Disney:
Uma princesa pica o dedo no fuso de uma roda de um tear e sucumbe ao sono eterno. Um príncipe valente a resgata com um beijo, e ambos vivem felizes para sempre.

Na história original:
Na versão de Giambattista Basile, Aurora não é acordada com um doce beijo, mas com o nascimento de seus gêmeos. Ah, eu esqueci de mencionar que o príncipe não a beija aqui - ela fica grávida e depois a abandona, porque ele é casado! Quando Aurora e seus filhos chegam ao palácio, a esposa do príncipe tenta matá-los, mas o rei a pára e permite que Aurora se case com o homem que a estuprou.

Bella tem irmãs invejosas
Na versão da Disney:
Bella é sequestrada por uma besta (daí o nome de Bela e a Fera) e vive em um luxuoso castelo com utensílios falantes, até que ela descobre a beleza interior do monstro. Apaixonada, ela o beija e o salva do feitiço que o fazia feio, porque a beleza física importa no final.

Na história original:
Na história original de Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve, Bella convence a Fera a deixá-la visitar suas irmãs por uma semana. Ao vê-la coberta de jóias e ouvir sobre a vida luxuosa que ela levava, as irmãs convencem Bella a ficar mais tempo, com a intenção de que seu atraso deixe a Fera louca e devore Bella.

Branca de neve deveria ter sido dirigido por Tarantino
Na versão da Disney:
O único crime de Branca de Neve foi que ela era a mais bela de todas as mulheres no reino, e por isso ela tem que escapar para o bosque, onde ela acaba vivendo com sete anões. É lá que uma bruxa má a envenena, os anões tentam vingá-la, e a bruxa é levada para a sua morte. Enquanto ela ainda está dormindo, um príncipe sai do nada e revive Branca de Neve, e é claro que eles vivem felizes para sempre.

Na história original:
Na história original dos irmãos Grimm, a bruxa não morre debaixo da rocha. Seu castigo por tentar matar Branca de Neve é dançar com sapatos de ferro aquecidos até que ela desmaie e morra.

A pequena é uma tragédia de cortar o coração
Na versão da Disney:
Ariel, a filha do rei do mar, troca sua voz por um par de pernas e vai para a superfície para usar garfos como pentes e procurar o amor. Ela se apaixona pelo príncipe Eric e juntos eles matam a bruxa má com quem ela fez o acordo e vivem felizes para sempre.

Na história original:
Na versão de Hans Christian Andersen, a letra pequena no acordo é que as pernas de Ariel vão doer o tempo todo, como se ela estivesse andando em facas. Como dor e sedução não se misturam, no final o príncipe casa com outra mulher e Ariel se joga no oceano, onde ela se transforma em espuma do mar.

Na vida real, Mulan perde a guerra
Na versão da Disney:
Mulan é uma menina - que tem um grilo e um dragão como amigos - que finge ser um homem para lutar no exército chinês contra os hunos. Depois de mostrar seu valor, Mulan ganha a guerra e volta para casa para brincar com seus amigos.

Na história original:
No poema de Hua Mulan, a China perde a guerra. O Khan do inimigo permite Mulan viver com a condição de que ela vivesse com ele, então Mulan escapa. Quando ela chega em casa, ela descobre que seu pai está morto e sua mãe se casou novamente. Então ela diz: "Eu sou uma mulher, eu sobrevivi à guerra, e eu tenho feito o suficiente. Agora eu quero estar com meu pai". E, então, ela se mata.

Na verdade, Rapunzel se casou com um príncipe cego
Na versão da Disney:
Rapunzel é uma bela princesa com longos cabelos loiros que vive presa em uma torre. Um dia ela encontra um bandido, e juntos eles têm muitas aventuras que não são apresentadas na história original.

Na história original:
Esta é talvez a história mais feliz dos irmãos Grimm na lista. Os pais de Rapunzel eram agricultores que a conseguiram depois de trocar um pouco de flor de rapunzel (rampion) por uma salada com uma bruxa quando ela era um bebê.

Quando tinha 12 anos, a bruxa a trancou em uma torre que não tinha portas nem escadas e apenas uma janela. A única maneira de chegar a Rapunzel no topo era subir seus lindos cabelos longos. Um dia, um príncipe que anda pela torre ouve-a cantar, assim que sobe a torre. Nessa mesma noite, Rapunzel decide casar com ele.

Quando o príncipe volta para ela, ele sobe seu cabelo dourado, mas encontra a bruxa na torre. Ela o joga para fora da janela, e o príncipe cai em alguns espinhos que entram nos seus olhos. Ele então passa meses vagando pelas pradarias e bosques do reino, cego, até ouvir a voz de Rapunzel de longe.

Quando a encontra, ela tem dois filhos, e suas lágrimas mágicas lhe devolvem a visão. Rapunzel e o príncipe se casam e vivem felizes para sempre.

Pocahontas mal interagiu com John Smith
Na versão da Disney:
Pocahontas é uma mulher que fala com as árvores e seu melhor amigo é um guaxinim. Um dia ela se apaixona por um inglês e quase inicia uma guerra entre os dois povos.

Na história original:
Na vida real, Matoaka, mais conhecido como Pocahontas, era a filha do chefe Powhatan, no território agora conhecido como Virginia. Os nativos sequestraram John Smith para trocá-lo por reféns, e ela salvou sua vida. Esse era o único relacionamento que tinham.

Ela foi finalmente sequestrada e mantida para resgate por colonos. Aos 17 anos, casou-se com um inglês e morreu aos 22 anos de causa desconhecida.

Hércules era um selvagem, assassino, estuprador e genocida que foi envenenado por sua própria mãe
Na versão da Disney:
Hércules é o jovem filho de Zeus e salva Megara das garras do Hades para se tornar um verdadeiro herói e chegar ao Monte Olimpo.

Na história original:
Hércules era um selvagem e um único post não é o suficiente para explicar a extensão de seus crimes, mas vamos falar sobre Megara. Megara era filha do rei de Tebas, e Hércules se casou com ela quase a força.

Eles tiveram dois filhos e viveram felizes para sempre, até que Hera, a esposa de Zeus, deixou Hércules louco e matou Megara e seus filhos. Atormentado pela culpa, Hercules ainda completou as mesmas 12 tarefas do filme, mas com extrema violência e desprezo pela vida.

O corcunda de Notre Dame morreu de fome em um cemitério
Na versão da Disney:
Quasimodo é um jovem nascido com deficiência que se apaixona por uma cigana e evita que ela seja executada pela igreja.


Na história original:
No romance de Victor Hugo, Quasimodo não consegue salvar Esmeralda (na verdade, ele involuntariamente entrega-a às autoridades) e observa enquanto ela é enforcada. Em seguida, Quasimodo vai para o túmulo dela, onde permanece até morrer de fome. Anos mais tarde, quando seu túmulo é aberto, alguém encontra ambos os seus esqueletos, mas quando eles tentam separá-los, eles se transformam em poeira.

Pinóquio nunca se tornou um menino de verdade

Na versão da Disney:
Pinóquio é filho de um velho carpinteiro que sempre quis ter um filho, então ele fez um de madeira. Em seu caminho para a escola, Pinóquio põe a vida de seu pai em perigo, e no final ele se torna um menino de verdade.

Na história original:
Na história original de Carlo Collodi, Pinóquio é um idiota. Desde o nascimento, ele se comporta mal, rouba as coisas e até mesmo seu pai o chama de "menino miserável". Um dia, como consequência de suas ações, um gato e uma raposa o penduram em um salgueiro e o vê morrer enquanto ele balança no vento.

Mogli cometeu genocídio 
Na versão da Disney:
Mogli é um menino que foi abandonado por seus pais na selva, onde um urso e uma pantera o ensinam a cantar canções e alimentar a si mesmo.

Na história original:
No livro de Rudyard Kipling, depois de matar o tigre assassino Shere Khan, Mogli descobre que seus pais biológicos foram capturados por uma aldeia de agricultores. Com a ajuda dos lobos e dos elefantes, Mogli destrói a aldeia e mata seus habitantes. Mais tarde, ele tem que escapar porque os habitantes acreditam que ele é um espírito maligno. Finalmente, Mogli encontra a paz em uma vila governada pelos ingleses.

ADEUS, INFÂNCIA!
*Originalmente publicado pelo Buzzfeed (EUA)

A velha Bijú

A velha Bijú chorando de rir

Você se lembra daquela moça bonita da praia de Boa Viagem?

Ela era a bela da tarde, com seus lindos olhos azuis como a tarde de um domingo, segundo o próprio Alceu Valença.

Pois é.

- La velha Bijú*! - cantou meu pai, enquanto eu me debulhava em lágrimas de tanto rir no banco de trás do carro enquanto voltávamos para casa.

Essa música (ouça aqui) nunca mais será a mesma para mim.

*Ele descobriu que não era a velha Bijú há apenas dois anos, quando foi cantar e decidiu procurar pela letra na internet. 

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Debates morais: ainda há moralidade a discutir?


Zapeando pelo Facebook, vi uma postagem a respeito do programa da Fátima Bernardes, que promoveu o seguinte debate: quem você salvaria, um conhecido com pouco risco ou um desconhecido com risco de vida iminente?

Algumas amigas costumam brincar que eu tenho um lado "militar"; no entanto, eu gosto de pensar que tenho o lado da justiça e da defesa do ser humano comum, aquele (a) que trabalha arduamente para conquistar seu pão dia a dia, que um bandido, traficante, assassino ou estuprador, cuja luta se resume a tirar coisas das pessoas "de bem" e só olha para seu próprio umbigo.

Gosto da ideia de ter direitos humanos, desde que ele sejam aplicados a quem realmente os merece, o que sabemos que não acontece na vida real. Não defendo a violência de forma indiscriminada; longe disso. 

Enfim. Voltando ao programa Encontro com Fátima Bernardes, o tema foi levantado de uma forma que envolve uma certa deturpação moral: quem deveria ter prioridade em um hospital, um “traficante em estado grave” ou um “policial levemente ferido”?. Os convidados, obviamente, numa forma esquisita de serem aceitos pela sociedade atual (falo pelos pseudo super politicamente corretos), se posicionaram a frente do traficante.

Gente, para mim, o debate não precisa ir longe: leio e ouço os pseudo jesus a todo momento dizendo que polícia tem que morrer, que os policiais são isso ou aquilo. Sim, concordo que existem policiais que aderem ao sistema de "amizade com benefícios" (no pior sentido do termo) com esses carrapatos da nossa sociedade. Mas existem os bons também e que nos ajudam nos piores momentos.

É válido lembrar de que o policial deixa sua casa sem saber se voltará para a sua família, para proteger aqueles que nunca viu em toda a sua vida! Enquanto isto, o traficante/assaltante destrói os planos e toda uma família, sem qualquer respeito ou consideração pelos tais direitos humanos. Decidir entre o policial e o traficante, como no caso colocado pelo programa é decidir entre a ordem e caos.

Claramente é um debate sobre questões sociais, de oportunidades, culturais, econômicas, enfim, de caráter profundo. Mas quero lembrar que a sociedade que vivemos hoje é fruto de suas escolhas. 

Portanto, a reflexão é simples: se imagine numa situação de perigo. Para quem você liga primeiro? 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Amigos: ter ou não ter?

Nunca criei raízes em lugar nenhum. Por não ter possuído residência fixa por muitos anos, minha família sempre se mudou com certa frequência e isso, de uma forma direta, acabou afetando a minha visão de mundo e, especialmente, minha capacidade de estar vinculada às pessoas que passam pela minha vida (vulgo amigos).

Esse fato me incomodou até certo momento da minha vida, quando eu realmente me dei conta que eu tenho amigos, pouquíssimos, mas não os vejo mais - ou por uma questão de distância ou por uma questão de mudança de interesses mesmo.

É triste? É, pra caralho.

Me dei conta disso enquanto discutia fervorosamente com meu marido e ele me lembrou que eu não tinha amigos. Que eu saía apenas com a minha família e uma série de outras coisas que não valem a pena falar aqui.

Sim, eu admiro que ele tenha tido a oportunidade de criar laços com pessoas que ele considera quase irmãos. Porque eu não tive isso.

Eu gosto de muitas pessoas e a amizade fica sempre via Facebook (tenho 958 amigos cadastrados - irônico). E aí fica o debate: como a tecnologia tem agido de forma definitiva na nossa forma de conviver/viver com as pessoas. Como isso pode ter influenciado nesse meu "impasse".

Depois que casei, notei que eu tinha muitos "amigos de rolê". Provavelmente uns 900 desses 958 no meu Facetruque. E isso bate na minha cara. Mas as pessoas estão lá: não fazem parte da minha vida, não vão à minha casa, nunca viram meu filho, apenas curtem e participam da minha vida virtual. 

A verdade é: eu estou feliz com minhas escolhas e com a forma que a vida mostra alguns caminhos. Nunca estive tão próxima à minha família. Eles são meus amigos. Estão sempre por mim. Eu falo sobre tudo com eles, passeamos, viajamos, rimos, choramos, brigamos...Porque eu poderia desejar outra coisa? Ficar presa ao fato de que tenho poucos "amigos" que não sejam de sangue?

A maior verdade ainda é que a gente precisa olhar para quem está ao nosso lado; não apenas para a tela do Facebook. Passar a ver quem é e quem não é, deveria ser parte de um ritual evolutivo emocional e psicológico.

Ótimo se você faz parte do perfil do meu marido; mas é ótimo também se você tem o meu perfil.Os dois são ok. Os dois fazem a gente feliz, cada um do seu modo. O importante é ser feliz, amar e ser amado.